quinta-feira, 4 de abril de 2013

A FORMIGA E A CIGARRA





Noite de inverno, quanto frio;
a cigarra já não mais canta,
nada se ouve, nem um pio
nada que saia de sua garganta.

Pobre, pequena cigarra;
por conta do frio ela se recolhe,
numa grande folhagem se agarra
tem medo que a chuva lhe molhe.

Ela canta durante todo o verão;
canta com toda a sua euforia,
porém, no inverno fica sem pão
desaparece toda a sua alegria.

Com desespero procura a formiga;
implora que lhe mate a fome,
todavia, sua amiga
não aplaca o que lhe consome.

Por que não guardou alimentos?
Pergunta-lhe a formiga aborrecida,
na sua casa não há nesse momento
nem um pouco de comida.

Durante todo o verão, diz a formiga;
para o inverno, sigo me preparando,
e você a cantar, alegre, embevecida
de nada mais se lembrando.

A cigarra tristonha vai embora;
já não sabe o que fazer,
calada, amargurada ela chora
desliza noite a dentro a sofrer.

Dóris Ma. Lima dos Santos
Escritora
26.7.2012


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acima citada, dentro da lei vigente.
 

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