A FUGITIVA
É noite, vejo passar um vulto furtivo;
todo vestido de branco
o vulto de um fugitivo,
envolto num grande manto.
Tento segui-lo, mas corre alucinado;
como se estivesse com medo
mas não demonstra estar cansado,
parece esconder um segredo.
Adentra através das campinas;
procuro alcançá-lo antes que desapareça,
meu coração palpita, quase desanima
apresso-me antes que a distância cresça.
Não sei o que leva guardado;
mas deve ser algo valioso,
por isso corre apressado,
enlouquecido, ansioso.
Vou seguindo aquele vulto, aquela visão;
minha cabeça com força lateja,
preciso saber quem é aquela aparição
antes que o dia amanheça.
Sentindo-me cansada, dou um suspiro;
mas preciso descobrir quem é,
atenta, com atenção eu miro,
porém não distingo se é homem ou mulher.
Amanhece, de repente tudo faz sentido;
a astuta visão finalmente se cansa,
aquela aparição que havia fugido,
era a minha esperança!
14.7.2012
Dóris Ma. Lima dos Santos
Dóris Ma. Lima dos Santos
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