Sou filha da angústia e da nostalgia;
sou a junção dessas duas criaturas,
minha vida é vazia,
sou irmã da tristeza e de suas
agruras.
Sou prima distante do vento gelado;
que açoita sem dó o meu coração,
da ansiedade que anda ao meu lado
noite adentro na escuridão.
Do mar, sou a frágil espuma;
a se desmanchar na praia beijando a
areia,
leve, tão leve quanto a pluma
que levada pelo vento, vagueia.
Sou uma pequenina vela;
cuja tênue chama teima em brilhar,
quando um pequeno sopro perto dela,
seu brilho vem ofuscar.
Sou órfã da felicidade;
pela alegria fui abandonada,
vagando sozinha pela cidade,
por elas fui enganada.
Sou amiga do amor e da paixão;
mas eles de mim se afastaram,
desalento e decepção
foi tudo o que me deixaram.
Mas de repente, sinto que estava
errada;
na mente uma pequena lembrança,
não há mais dúvida, não há mais nada,
sou apenas, filha da esperança!
Dóris Maria Lima dos Santos
Escritora
30.3.2013
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acima citada, dentro da lei
vigente.
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